O ministro do STF, Marco Aurélio Mello, criticou a decisão do ministro Kassio Nunes Marques de liberar a realização de cultos e missas presenciais na pandemia. Em entrevista ao Estadão, ele disse:
“O novato, pelo visto, tem expertise no tema. Pobre Supremo, pobre Judiciário. E atendeu a Associação de juristas evangélicos. Parte legítima para a ADPF? Aonde vamos parar? Tempos estranhos!”
O ministro Marco Aurélio Mello |
No sábado, o ministro Nunes Marques decidiu liberar a realização de cultos e missas com a presença de público. A decisão foi tomada em ação movida pela Associação Nacional de Juristas Evangélicos, que reúne advogados ligados às igrejas evangélicas, eles pediram para participar do julgamento de uma ação do PSD contra o decreto de João Dória que proibiu missas e cultos com presença de público em São Paulo.
Ele disse também que espera que Nunes Marques submeta sua decisão para apreciação do plenário do STF:
“Espero que ele submeta na quarta-feira sua decisão ao plenário. Isso tem que ser feito urgentemente, já que o ato seria do colegiado, que estará reunido. Urge tranquilizar a população. Urge a segurança da população, da sociedade”, disse para o site Metrópoles.
O ministro também disse que deve-se rezar em casa:
“O maior altar que nós temos é o nosso lar. Reze-se em casa. Temos que evitar a todo custo as aglomerações. A ficha do brasileiro ainda não caiu quanto à pandemia, em que pese o número de mortes.”.