Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid, disse na sessão de hoje da CPI que está investigando o pagamento de R$ 500 milhões de reais para a Precisa Medicamentos, empresa que intermediou a compra da vacina Covaxin com a farmacêutica indiana Bharat Biotech.
Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid |
Após ser questionado pelo líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), Renan disse:
“No dia 25 de fevereiro, foi assinado o acordo [com a Barath Biotech]. Ninguém entrou no aspecto do superfaturamento. Nós contestamos a exigência de um atravessador [Precisa Medicamentos]. Foi a única negociação com atravessador, e que teria recebido, nós ainda não tivemos acesso a esse contrato, R$ 500 milhões.”
“Desses R$ 500 milhões, foram pedidos, um adiantamento, sem constar do contrato, de R$ 200 milhões, US$ 45 milhões exatamente. Isso são fatos, comprovados”, afirmou Renan.
“Quando ele recebeu o deputado [Luis Miranda], foi o dia 20. E aí começam outras coisas inexplicáveis. O presidente disse ao deputado e até agora não se pronunciou sobre esse fato de que estaria mandando a Polícia Federal [investigar]. A PF já informou que não mandou nenhum pedido de investigação”, complementou, mencionando o encontro de 20 de março entre Bolsonaro e o deputado Luis Miranda (DEM-DF) em que o deputado informou a Jair Bolsonaro sobre as irregularidades na compra da vacina.
Os aliados do presidente na CPI disseram que a informação dada por Renan é “mentirosa”. “As narrativas forçam a barra. Desafiam a verdade”, disse o senador Marcos Rogério (DEM-RO).