O ex-assessor que foi funcionário fantasma nos esquemas de rachadinha da família Bolsonaro, Marcelo Luiz Nogueira dos Santos, disse ao site Metrópoles que o presidente Jair Bolsonaro substituiu sua então mulher Ana Cristina Siqueira Valle do comando dos repasses do esquema de rachadinha da família depois que ela o traiu.
“Ela o traiu com o segurança dele, Luiz Cláudio Teixeira, que era dos Bombeiros”, disse Nogueira.
Bolsonaro e sua ex-mulher Ana Cristina Siqueira Valle |
A partir de então, Bolsonaro teria autorizado que os filhos Flávio e Carlos passassem a tocar, eles mesmos, os recolhimentos dos valores desviados dos salários de seus assessores parlamentares. Os próprios filhos o pressionaram, afirma o ex-assessor. Em consequência, Ana Cristina passou a chantagear o então deputado.
“Quando ele começou a ser pressionado pelos filhos, no negócio da rachadinha, ela teve de tomar atitude. Foi quando ela passou a ameaçá-lo. Se ele fizesse algo, ela ia ferrar com ele também. Primeiro, ela fazia chantagem com ele usando o (Jair) Renan. Ela falava que ela sumiria com o Renan, isso e aquilo. Ela é capaz disso tudo. Depois, ela quis até me usar para chantageá-lo. Ela chegou a falar que se ele a tirasse da transação, ela seria capaz de divulgar que o tinha pego na cama comigo. Aí ele deixou a rachadinha continuar.”
Ana Cristina e o ex-assessor Marcelo Luiz Nogueira dos Santos |
Bolsonaro se separou de Ana Cristina em 2007. Após a separação, Ana Cristina teria simulado o roubo de um cofre com joias avaliadas em R$ 600 mil, US$ 30 mil em espécie e cerca de R$ 200 mil, também em dinheiro vivo, ela moveu uma ação judicial acusando Bolsonaro de ter roubado o cofre.