O presidente Jair Bolsonaro disse em entrevista para a Rádio Caçula FM, de Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, que não é “malvadão” e que não quer “aumentar o preço de nada”.
Bolsonaro comentou sobre os reajustes nos preços do combustíveis e disse que a “paciência do povo se esgotou”.
“São problemas que não se resolvem em 3 anos. Agora, o povo está com a paciência lá em baixo, a paciência dele praticamente se esgotou e vai para as críticas, das mais absurdas possíveis. Lamento, peço a Deus que preservemos nosso maior bem, que ainda é a liberdade.”
Ele associou a alta nos combustíveis à falta de refinarias no país.
“Já vendemos duas refinarias, são 13, se não me engano, pretendemos vender mais, mas vender com responsabilidade. O que a gente precisa aqui? Fazer uma refinaria no Brasil, e nós não temos dinheiro para tal, se nós tivermos um preço desajustado com o lá de fora, o capital externo ou interno não vai querer fazer refinaria no Brasil.”
Bolsonaro também disse que a privatização da Petrobras está no “radar” do governo, mas disse que o processo é “complicado”.
“Eu não tenho problema nenhum em receber críticas, agora eu peço, por favor, criticar com razão. Quando se fala em privatizar a Petrobras, isso entrou no nosso radar, mas privatizar qualquer empresa não é como alguns pensam, pegar a empresa e botar na prateleira e, amanhã, quem der mais leva embora, é uma complicação enorme, ainda mais quando se fala em combustível.”
Na semana passada, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que não há no governo estudo sobre eventual privatização da Petrobras.
A Petrobras informou hoje que reajustará o preço dos combustíveis a partir de amanhã (26). O valor cobrado dos distribuidores pela gasolina passará de R$ 2,98 para R$ 3,19 por litro, uma alta de R$ 0,21.